Thursday, August 25, 2022

Contando histórias com scrap

 Oi gente!


Voltaremos a ter postagens por aqui, conteúdos relacionado a scrap, fotografia, histórias contadas, e outras coisas mais.

Hoje fiz uma live no Instagram que me inspirou a voltar aqui e escrever sobre o bate papo da live, que foi sobre contar histórias com scrap. 

Todo scrapbook conta uma história?

Dá pra contar história em scrap sem foto? E sem texto?

Como contar nossas histórias usando as técnicas e materiais de scrap? 

Como escolher quais histórias contar?

Eu acredito que todo Scrapbook conta sim uma história. No mínimo, a história de quando e como foi feito. Eu tenho certeza que quando você olha um projeto de scrap mais antigo você lembra da emoção que foi ter comprado aquele papel tão desejado. Do cheiro da carimbeira. Ou da embalagem do enfeite. Tem muitas coisas marcantes no processo de fazer um projeto de scrapbook.

Mas, dito isso, eu acho que um projeto de scrapbook precisa sim de uma foto. Claro que você pode usar técnicas de scrap para fazer um objeto decorativo, um caderno, uma agenda, mas aí eu não acho que seja um Scrapbook que por definição seria uma álbum de recordações. É um projeto feito usando técnicas de scrapbook. A essência do scrapbook são as histórias contadas.

Podemos contar uma história sem foto? Talvez sim. Pode ser uma história ilustrada por um mapa, por um ingresso, por um guardanapo. Continua sendo um álbum de recordações.

E sem texto? Podemos contar uma história sem palavras? 

Hoje quando vejo meus álbuns mais antigos, me encanta ver o que eu escrevi. As fotos são lindas de ver, mas o texto... é especial. E percebo que a minha família quando vê esses álbuns mais antigos curte muito ler o que escrevi lembrar das histórias através das palavras.

Você vai ver muitas páginas minhas sem texto, é verdade, mas muitas vezes essa página vai fazer parte de um álbum onde a história está escrita na página seguinte. Outras vezes escrevo depois de fotografar a página, porque quero o texto seja lido apenas por mim, pela minha família. Mas eu garanto  que no futuro os projetos mais siginificativos, que vão trazer mais emoção ao ver, não são os mais bonitos, mas sim os que tem mais história.

Então nem preciso fazer scrap, aprender as técnicas, comprar um monte de papel, é só colar foto em um papel e escrever?

Precisar a gente não precisa fazer mesmo, scrap não é uma atividade essencial. (Para a minha saúde mental e essencial, mas você entendeu né?) Mas se queremos registrar nossa história, guardar nossas fotos e memórias, e fazer um trabalho manual que nos faz bem, nos realiza, exercita nossa criatividade, traz um monte de coisas boas... vamos fazer scrap né? 

Mas que o scrap seja o suporte para nossas histórias, e não a atração principal. Que os papéis e carimbos destaquem a foto, ajudem a transmitir a emoção daquele momento, a vibe mesmo sabe? 


Um exemplo são essas duas páginas do álbum que eu fiz sobre a minha viagem para Nova York em 2019.

Essa página conta a história da vista ao museu do "Ground Zero" construído no local onde ficavam as torres gêmeas. É um ponto de interesse em Nova York, muito bonito mas também muito triste. Eu queria registrar essa visita, e o que senti nesse dia. Não poderia escolher um papel super colorido, colocar corações e glitter. Não ajudaria a contar a história. Escolhi papéis de cores mais sóbrias, fusai papel rasgado e um pouco de carimbeira, a página tem um design interessantes, criando uma fileira com as fotos menores, e a foto maior em destaque com o texto, mas todo o layout contribui para o clima da história. Recebo muitos elogios para essa página quando mostro esse álbum, uma página com pouco material e poucas ténicas. E eu acredito que isso aconteça porque tudo nessa página transmite a história das fotos e do texto.



Já essa página conta uma história bem diferente. Olhamos para ela e transmite alegria, jovialidade. Essa página registra a minha visita aos pontos da cidade que foram cenas famosas na série Gossip Girl, momento leve e divertido da viagem. Escolhi estampas mais contemporâneas e coloridas, um estilo mais adolescente mesmo, que tem tudo a ver com a série e esses momentos de cultura pop da viagem. 

Cada uma dessas páginas transmite emoções bem diferentes!


E aí chegamos à última questão: que histórias contar.

Minha dica é: se guie pelas histórias, e não pelas fotos. Qual foram as histórias mais memoráveis, e quais são as fotos que ilustram essas histórias?

Esse álbum de NY foi exatamente isso. Tem página só com fotos lindas? Tem também. Mas a decisão de quais fotos seriam páginas de scrap foram as histórias mais marcantes.

Então que a gente se divirta fazendo scrap, trabalhando com as mãos, colecionando materiais. Que a gente aprenda a usar nossos materiais e a criar projetos que apoiem as histórias contadas. Que a gente escolha títulos personalizados. Que a gente use os títulos prontos lindos de acrílico também, mas que a gente escreva, carimbe, imprima nossos títulos únicos também. Que a gente escreva. Muito, pouco, aparente, escondido, mas que nossas palavras contem nossa história.


Beijos,

Débora

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